Stephen Curry – a magia de Março

Ao longo do ano muito se tem falado de Kevin Love, Tyler Hansbrough, Derrick Rose, Michael Beasley ou OJ Mayo. Ao longo do ano, sempre foram estes jogadores a receber o maior destaque por parte da imprensa e dos adeptos. De facto, Michael Beasley tem sido apontado como a primeira escolha do Draft 2008 da NBA; Tyler Hansbrough foi recentemente capa da famosa Sports Illustrated; OJ Mayo é, muito provavelmente, um dos jogadores mais mediáticos da NCAA nos últimos tempos; Kevin Love tem sido apontado por muitos como o jogador do ano; Derrick Rose é apontado como uma das futuras estrelas NBA e uma das principais razões para o sucesso da Universidade de Memphis na campanha de 2007-08.

 

Ao longo do ano sempre foram estes os nomes mais falados! Até que se chega a Março…e em Março, tudo pode mudar: jogos memoráveis, sonhos desfeitos, emoções inesperadas, vitórias surpreendentes, reviravoltas dramáticas e exibições incríveis. E Stephen Curry e os Wildcats de Davidson (o base Jason Richards também merece ser destacado) têm vivido tudo isto nos últimos tempos, em mais uma reedição daquilo a que os norte-americanos costumam chamar Cinderella Story: a pequena universidade de Davidson está apenas a um passo de atingir a Final Four e já deixou pelo caminho conceituadas equipas como Gonzaga, Georgetown e Wisconsin.

Stephen Curry (filho de Del Curry, antigo jogador dos Hornets que fazia do lançamento exterior a sua principal característica) tem vivido um mês de sonho, brilhando noite após noite, sempre com jogadas capazes de deliciar qualquer amante da modalidade (Lebron James incluído…), fazendo do lançamento de longa distância a sua imagem de marca. No entanto, Curry não se fica apenas pelo lançamento exterior. A sua ‘inteligência basquetebolística’ permite-lhe ler com grande facilidade qual a melhor opção a tomar em cada momento do jogo: como aproveitar os bloqueios que os seus colegas fazem para o libertar para lançamentos, e escolher quando penetrar para o cesto ou quando lançar de fora. E só assim tem sido possível a este jovem jogador minimizar a qualidade das defesas adversárias – nomeadamente a da Universidade do Wisconsin, apontada como uma das equipas que melhor defende – e marcar uma impressionante média de 34.3 pontos por jogo durante o torneio.

Curry pode nem conseguir chegar à Final Four, mas ninguém pode ficar indiferente a tudo o que este jovem tem feito dentro de campo! E quando entrar em campo para defrontar a forte equipa de Kansas, todos os olhos vão estar no número 30 de Davidson. E Stephen Curry tentará uma vez mais mostrar que é verdadeira a citação bíblica que escreveu nos seus ténis ‘I can do all things’!

Eis Stephen Curry em discurso directo: “It’s easy to get caught up in playing for the crowd, trying to play a game you’re not capable of. I found myself doing that a little bit in high school and early in my college career. I try harder not to do things that are over my head, not do anything too special.”

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