We not Me

Abril 18, 2009

Kevin Garnett não poderá dar o seu habitual contributo à equipa durante os Playoff – e que falta fará aos Boston Celtics a habitual intensidade de KG. Mas parece que o ‘Big Ticket’  arranjou uma outra forma de ajudar os seus colegas de equipa..


Diversão ao intervalo

Abril 17, 2009

O que acontece quando no intervalo de um Partizan – Estrela Vermelha é escolhido um fanático adepto do Partizan – sim, sei que isto foi um pleonasmo – para participar nos concursos promocionais levados a cabo pela organização?


Rico sarilho…

Abril 16, 2009

Ricardo ‘Rico’ Hill fez o que não devia, e a sua época pode ter acabado mais cedo. 

O jogador norte-americano que representa o Vagos Norbain Lusavouga acusou o uso de cannabis num controlo anti-doping realizado durante a Final 8 da Taça de Portugal, e está agora numa situação bastante delicada, isto enquanto espera o resultado da contra-análise realizada na passada segunda-feira.

‘Rico’ Hill é um dos jogadores mais valiosos da LPB, um dos jogadores em Portugal com melhor currículo, e é a grande referência da equipa do Vagos Norbain Lusavouga, tanto dentro como fora de campo. Seleccionado na 31ª posição do Draft de 1999 da NBA, ‘Rico’ preferiu seguir carreira na Europa, tendo jogado em Espanha, França (foi o MVP da Pro-A na época de 2002/03) e Itália. E foi precisamente aquando da sua passagem por Itália que o extremo norte-americano também acusou positivo para o uso de cannabis num controlo anti-doping.

Esta poderá ser uma baixa de peso tanto na equipa de Vagos como na própria Liga, que poderá ver-se privada de um dos melhores jogadores que por cá passou nos últimos tempos.

O consumo de cannabis não provoca uma melhoria no rendimento desportivo dos atletas, podendo até ter consequências nefastas na performance dos desportistas. No entanto, trata-se de uma substância proibida e todos os atletas deveriam ter mais atenção na hora da ‘diversão’, pois além da sua própria carreira, poderão estar a pôr em risco o sucesso ou insucesso de um projecto desportivo. Neste caso, além do jogador ficar a perder, um dos maiores prejudicados será a equipa do Vagos Norbain Lusavouga que não poderá ir buscar ninguém para o lugar de Ricardo Hill, caso este não possa continuar a dar o seu contributo à sua actual equipa.

Ultimamente, vários têm sido os casos de desportistas mundialmente famosos a acusarem o consumo de cannabis – entre os mais mediáticos estão os Deuses do Olimpo, Michael Phelps e Usain Bolt. E certamente que ‘Rico’ Hill não será caso único no basquetebol e no desporto português, mas ‘Rico’ e os restantes atletas que face ao seu rendimento desportivo acima da média se tornam figuras de destaque para os adeptos ou praticantes mais jovens, deveriam ter a consciência de que enquanto referências para os mais novos, o cuidado a ter com os seus comportamentos sociais deveria ser ainda maior por parte desses atletas  que são vistos como um modelo a seguir.


A Festa das Sub16

Abril 16, 2009

Pela primeira vez na história dos Campeonatos de Portugal, a A.B. Aveiro sagrou-se campeã no escalão de Sub16 Feminino! Esta geração de jogadoras deu assim continuidade ao título conquistado há dois anos atrás, quando venceram o escalão de Sub14.

Desde cedo se percebeu que a decisão deste campeonato seria entre Aveiro e Porto, já que estavam num nível superior ao apresentado e esperado das restantes equipas. Tendo em conta as regras de utilização de jogadores que são aplicadas na Festa do Basquetebol Juvenil, as selecções de Aveiro e do Porto souberam tirar partido da maior qualidade existente nas 12 jogadoras que levaram até Portimão. Ambas as equipas sabiam que para vencer teriam de defender forte em todos os jogos, não permitindo que as suas adversárias procurassem os seus pontos fortes. E tanto Aveiro como o Porto conseguiram limitar e de que maneira as suas opositoras: apenas num jogo a selecção de Aveiro sofreu mais de 40 pontos – jogo contra a A.B. Madeira, a contar para a segunda fase de grupos, e que acabou com o resultado de 62-42 para as aveirenses – enquanto que nenhuma equipa conseguiu marcar mais de 40 pontos à equipa portuense em nenhum dos 6 jogos disputados nesta Festa do Basquetebol Juvenil.

Dada a qualidade existente na sua equipa, Aveiro conseguia apresentar dois cincos muito equilibrados em cada um dos dois primeiros períodos de jogo, conciliando jogadoras evoluídas tecnicamente e que facilmente desequilibravam em ataque, com jogadoras agressivas e bastante disponíveis nas tarefas defensivas. Assim, era com alguma naturalidade que as aveirenses conseguiam ganhar alguma vantagem logo na primeira parte do desafio, para depois controlar essa vantagem, ou até aumentar a diferença pontual, dando tempo de jogo a todas as atletas que, regra geral, conseguiam contribuir positivamente para o sucesso colectivo da sua equipa. Uma das provas da qualidade das suas jogadoras foi o facto de a diferença pontual média por jogo da equipa de Aveiro ter sido de 21.67 pontos. E só no primeiro e no último jogo do Torneio é que Aveiro não venceu por uma diferença acima dos 20 pontos, já que no jogo de abertura venceu Santarém por 19 de diferença, enquanto que na Final bateu o Porto por apenas 7.

Como já se disse, a defesa foi a grande arma apresentada pelas aveirenses. Aliado à agressividade e intensidade defensiva de algumas jogadoras, juntavam-se a inteligência e as boas leituras de jogo das restantes. Para tornar a tarefa ofensiva adversária ainda mais difícil, Aveiro dispunha de 4 atletas que não sendo muito altas conseguiam impor algum domínio nas áreas próximas do cesto, ganhando muitos ressaltos e contestando inúmeros lançamentos adversários. Quando não conseguiam jogar em contra-ataque e eram obrigadas a jogar a meio-campo as aveirenses conseguiam, fruto da capacidade técnica e de algumas boas leituras de jogo das suas atletas, criar boas situações de lançamento – através de penetrações em drible ou através de passes penetrantes, Aveiro conseguia criar diversas situações de lançamentos de curta e média distância. No jogo da Final, sentiram algumas dificuldades a atacar contra a zona montada pela Porto, mas com alguma paciência em ataque, e sempre com o mesmo acerto defensivo Aveiro mostrou ser superior, vencendo por 37-30 e conquistando assim o primeiro título no escalão de Sub16 Feminino.

Além da paciência de Aveiro a atacar contra zona ou contra defesas homem ‘mais fechadas’, também merece destaque a paciência da atleta Artemis Afonso (#4). Sem com isto querer dizer que a jogadora mereça algum proteccionismo por parte das equipas de arbitragem, e compreendendo que em zonas perto do cesto a tendência para os contactos físicos é maior, não deixa de ser estranha a liberdade que as adversárias desta jogadora têm para poder abusar dos contactos, normalmente, ilegais. No jogo da Final então, foi impressionante. Seja a Artemis Afonso ou qualquer outro ou outra atleta, não me parece certo que os jogadores mais capazes física e tecnicamente possam ser constantemente prejudicados por terem essas tais capacidades.

A equipa de Sub16 Feminino da A.B. Porto viajou até Portimão como a equipa campeã em título e com uma importante cara nova nas 12 atletas convocadas para a Festa do Basquetebol Juvenil – Catarina Neves (#14), jogadora que na passada edição da Festa representou a A.B. Algarve. Tal como a selecção de Aveiro, também o Porto não encontrou grandes dificuldades durante o seu trajecto para a Final! O jogo que venceu por menos pontos, foi o último jogo da segunda fase de grupos, frente a Lisboa que terminou com o resultado de 43-31 a favor das portuenses. No entanto, no jogo da Final o Porto nunca conseguiu contrariar o ascendente da equipa de Aveiro, que com mais e melhores soluções ganhou uma vantagem no marcador que não mais largou. Na equipa do Porto, faltou quem ajudasse a já referida Catarina Neves pois a jovem base por vezes pareceu não ter quem a acompanhasse na tentativa de encontrar o antídoto para derrotar Aveiro.

Em terceiro lugar ficou a selecção de Lisboa. Com menos soluções de qualidade comparativamente a Aveiro e Porto, o jogo ofensivo de Lisboa centrava-se muito numa jogadora só jogadora, Paula Couto (#7). E disso se ressentia o jogo lisboeta, pois quando as equipas adversárias conseguiam anular bem a versátil extremo lisboeta a produção ofensiva da sua equipa baixava consideravelmente – nos três jogos em que Paula Couto marcou menos de 10 pontos, a selecção lisboeta acabou por perder! Esta procura excessiva de centrar o jogo numa só jogadora acabou por prejudicar Lisboa que contra as duas mais fortes equipas não teve grandes hipóteses de sucesso. No jogo de apuramento para o 3º e 4º lugar, com mais jogadoras em bom plano a nível ofensivo a vitória sorriu às lisboetas que venceram largo a selecção da Madeira, 72-43.

No final, os 4 primeiros lugares ficaram entregues a :

  1. A.B. Aveiro
  2. A.B. Porto
  3. A.B. Lisboa
  4. A.B. Madeira

Para ver e mostrar aos mais novos

Abril 16, 2009

Gosto de ver jogar Deron Williams! Na minha opinião, faz aquilo que um base tem de fazer, e sempre com uma simplicidade e eficácia tremendas. Nesta jogada que aqui deixamos, retirada do jogo contra os Lakers, Deron Williams aplica aquilo que tantos treinadores tentam transmitir aos seus atletas: mudança de direcção, mudança de velocidade. Com este simples gesto técnico deixou para trás Derek Fisher, o seu defensor directo, ganhando assim o espaço necessário para cravar a bola na cabeça de Andrew Bynum.

Mas este vídeo é aqui disponibilizado, não pela espectacularidade do afundanço, mas sim pela eficácia da mudança de direcção e de velocidade. Se muitas vezes digo que a NBA está repleta de maus exemplos para os mais novos, desta vez só posso reconhecer que este é um daqueles vídeos para ver e mostrar a quem quer aprender e tornar-se melhor jogador!

Mudança de direcção, mudança de velocidade!


A Festa dos Sub14

Abril 15, 2009

Já diz o ditado que à terceira é de vez, e foi isso que este ano aconteceu em Portimão: Aveiro interrompeu o seu domínio nos Sub14 Masculinos não dando continuidade aos dois triunfos nas edições anteriores, dando assim lugar à A.B. Porto que se sagrou o novo Campeão de Portugal de Sub14. 

Sem qualquer oposição no primeiro dia de competição, a selecção do Porto não teve qualquer dificuldade em cilindrar os seus adversários no dia de abertura da Festa do Basquetebol Juvenil. Assim, ao fim dos dois primeiros jogos realizados, a equipa do Porto tinha marcado 188 pontos e sofrido apenas 33 – no jogo frente a Santarém venceram por 93-18, e contra os Açores 95-15. A competição a sério começou no Dia 2 – inseridos num grupo bastante equilibrado, o Porto tinha a difícil tarefa de se bater contra Aveiro e Setúbal. Além disso, o seu jogador mais alto Bernardo Mesquita (#14) sofreu uma lesão que o impediu de jogar tanto no segundo como no terceiro dia de competição, retirando assim uma importante arma Porto, já que o contributo do jovem Mesquita vai além da sua capacidade física e da sua importância no capítulo do ressalto.

Como é apanágio nas equipas portuenses, uma das principais armas desta equipa Sub14 foi a defesa pressionante que conseguiram impor em todos os jogos disputados – fosse a campo inteiro, ou a meio-campo, a agressividade defensiva foi uma constante, e foi um dos grandes trunfos dos portuenses, já que os seus principais opositores não conseguiam contrariar a capacidade defensiva da selecção do Porto. Nos seis jogos disputados, nenhuma equipa conseguiu marcar mais de 60 pontos ao Porto, o que revela as dificuldades que esta equipa conseguia colocar nos seus adversários.

Grande agressividade e intensidade defensiva, provocando muitas dificuldades ao portador da bola, rápidos contra-ataques muitas vezes finalizados em situações de 1×0 ou 2×0, agressividade ofensiva com constantes entradas em drible a partir a defesa, acerto no lançamento exterior e ainda a genialidade presente em alguns jogadores foram as características da selecção do Porto. Bem comandados por Nuno Ferreira (#10), Pedro Matias (#13), e pelo pequeno capitão Paulo Miranda (#7), a equipa portuense fez-se ainda valer da sua capacidade física para levar de vencida equipas tecnicamente semelhantes, mas mais débeis fisicamente, nomeadamente a selecção de Coimbra. O Porto revelou ainda a capacidade de em jogos equilibrados (só no primeiro dia teve jogos desequilibrados, de resto nunca conseguiu vencer largo), conseguir sair sempre por cima, escolhendo as melhores decisões à medida que os jogos se aproximavam do final.

Apurada para a Final, a equipa de Lisboa tinha legítimas aspirações de chegar ao título, já que vinham fazendo um Torneio irrepreensível com 5 vitórias sempre na casa das dezenas frente a adversários com algumas aspirações como Coimbra, Aveiro e Setúbal. Além disso, a equipa lisboeta contava com Isaías Insaly (#15), um dos jogadores em maior destaque no escalão de Sub14, já que o seu domínio nas áreas próximas do cesto era uma constante, tanto em ataque como na defesa. Também André Firmino (#13) e Francisco Bento (#11) vinham fazendo um bom Torneio, revelando boa capacidade técnica. Lisboa só claudicou na Final, pois não conseguiu reagir bem ao acerto defensivo do Porto, e quando Isaías Insaly teve Bernardo Mesquita pela frente, a influência do jogador lisboeta foi diminuíndo, aproveitando assim o Porto para contra-atacar e ir acabando com o jogo.

Setúbal apresentou-se em Portimão com um forte núcleo de jogadores oriundo do Seixal, actual campeão de Sub14 naquela Associação, e estiveram perto de repetir a prestação da última edição, em que chegaram ate à Final. Mas no jogo da Meia-Final, Setúbal não teve argumentos para contrariar as principais armas de Lisboa, perdendo assim a hipótese de lutar pelo título. Sentiram dificuldades os jovens setubalenses quando defrontaram equipas mais agressivas a defender, e acabaram por perder algumas bolas que possibilitavam situações de vantagem à equipa contrária.

Benvindo Mendes (Setúbal), Isaías Insaly (Lisboa), Bernardo Mesquita (Porto) e Rodolfo Castro (Aveiro) – são 4 jogadores desta geração com elevada estatura. Será interessante acompanhar a evolução destes jogadores, e o que conseguirão fazer num futuro próximo.

No final, os 4 primeiros lugares ficaram entregues a :

  1. A.B. Porto
  2. A.B. Lisboa
  3. A.B. Setúbal
  4. A.B. Coimbra

Notícias de Belgrado

Abril 15, 2009

Foi publicada hoje no site da FIBA uma entrevista com João Soares, o jovem extremo português que no passado Verão trocou Ovar por Belgrado para evoluir no Partizan e no basquetebol sérvio. Emprestado à equipa do Vizura Belgrado, João Soares tem conhecido uma realidade diferente, trabalhando todos os dias para melhorar o seu jogo, no sentido de alcançar um dos seus objectivos: jogar na Euroliga.

Leia aqui a entrevista de João Soares em FIBA.com!


A Festa das Sub14

Abril 14, 2009

No escalão de Sub14 Feminino voltou a dar Aveiro! Dando continuidade aos sucessos obtidos nas duas primeiras edições das Festas do Basquetebol Juvenil em Portimão, a selecção da A.B. Aveiro venceu o Campeonato de Portugal, sendo o terceiro ano consecutivo que conquista este título.

E foi claro o domínio de Aveiro ao longo dos 4 dias de competição! Se atentarmos nos resultados facilmente se constata que as meninas aveirenses venceram todos os 6 jogos que disputaram e apenas por uma vez a diferença no marcador foi inferior a 15 pontos – no primeiro jogo do Torneio, Aveiro defrontou Lisboa e depois de ter estado a vencer por 20 pontos de diferença, as lisboetas recuperaram e terminaram o jogo a perder por 7, acabando o jogo com o resultado de 58-51. Nos restantes jogos as diferenças pontuais foram as seguintes: 67 frente a Viana do Castelo, 31 frente a Santarém, 18 contra Coimbra, 17 contra Lisboa no jogo da Meia-Final, e 27 de diferença contra o Porto no jogo da Final. Marcaram, em média, 65.5 pontos por jogo e sofreram, em média, 37.7 pontos por jogo.

A grande capacidade ofensiva desta selecção foi uma das principais diferenças frente às suas mais directas opositoras! Por quatro vezes a selecção de Aveiro conseguiu terminar os seus jogos com mais de 60 pontos marcados (72 frente ao Porto na Final, 64 contra Lisboa na Meia-Final, 71 contra Santarém, e 73 contra Viana do Castelo), enquanto que o Porto apenas por duas vezes marcou mais de 60 pontos, e curiosamente, logo nos dois primeiros jogos (73 a abrir contra Santarém, e 64 frente à Madeira). Nos 6 jogos disputados Lisboa apenas passou a barreira dos 60 frente a Viana do Castelo, marcando 64 pontos, ao passo que Coimbra nunca chegou aos 60 pontos marcados.

Defesa agressiva sobre o portador da bola, alguma preocupação em fechar as primeiras linhas de passe, transições ofensivas rápidas e jogar simples em ataque a meio-campo, resolvendo quase sempre através de situações de 1×1 e 2×2. Assim jogou Aveiro nas Festas do Basquetebol Juvenil de 2009. Com um grupo homogéneo – merecem destaque atletas como Joana Soeiro (#11), Sofia Pinheiro (#15), Andreia Branco (#6) e Catarina Marques (#5) pelos diversos contributos que davam ao colectivo – que permitia fazer substituições sem que a qualidade de jogo diminuísse, Aveiro ainda sentiu algumas dificuldades iniciais nos jogos frente a Coimbra e Lisboa, mas com fortes parciais conseguiu sentenciar ambas as partidas, vencendo sem contestação.

Das restantes equipas apuradas para as Meias-Finais, o Porto foi a que conseguiu chegar à Final. Reunindo um grupo, também ele, muito homogéneo, sem grandes destaques individuais, as portuenses faziam da defesa agressiva e pressionante a sua principal arma. Em ataque nem sempre conseguia encontrar as melhores soluções, e muitas vezes baseava o seu jogo mais na emoção e menos na razão. Na Final contra Aveiro, nunca conseguiu fazer frente ao poderio do seu adversário e com a desvantagem a aumentar e o tempo a diminuir, as jogadoras do Porto não encontravam soluções e foram entregando o jogo. Alguma expectativa em ver como é que Catarina Rolo (#8) desenvolve as suas capacidades e potencialidades – sendo nascida em 97, ou seja, ainda tem idade de Minibasket, já apresenta uma impressionante maturidade e controlo de bola para a sua idade. Se não estagnar no seu processo evolutivo, poderá ser uma interessante jogadora a acompanhar no futuro.

Lisboa apresentou-se com um misto de jogadoras de 95 e 96, trazendo ainda uma atleta de 97 – Maria Koustorkova (#10), já com elevada estatura e a revelar alguns detalhes interessantes – e foi uma das equipas mais agradáveis de seguir ao longo do torneio, apresentando um grupo de jogadoras com interessante estatura. Conseguindo discutir os jogos frente a Aveiro e Porto, Lisboa foi um adversário bastante complicado de ultrapassar. A capacidade ofensiva de Laura Ferreira (#9) e a criatividade e o inconformismo de Inês Ferreira (#12) criaram grandes dificuldades a quem defrontou Lisboa. No entanto, nas alturas decisivas do encontro e quando os adversários aumentavam a intensidade defensiva, as lisboetas sentiam dificuldades em jogar – principalmente as atletas de primeiro ano. Com a experiência adquirida pelas jogadoras de 96, Lisboa poderá ser uma das mais fortes selecções de Sub14 na próxima edição, e uma das selecções com maior potencial de desenvolvimento nos próximos anos.

No final, os 4 primeiros lugares ficaram entregues a :

  1. A.B. Aveiro
  2. A.B. Porto
  3. A.B. Lisboa
  4. A.B. Coimbra

A Festa do Basquetebol

Abril 13, 2009

Pela primeira vez estive presente na Festa do Basquetebol organizada pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) e realizada na cidade de Portimão e que abrangue a disputa dos Campeonatos de Portugal nos escalões de Iniciados e Cadetes, também denominados por Sub14 e Sub16.

Aos poucos, a ida a Portimão começa a ser uma referência e um objectivo a alcançar por parte dos jovens atletas dos referidos escalões por esse país fora. Querem estar na festa, partilhar aqueles 5 dias com os restantes 863 atletas, querem competir, querem conhecer novas pessoas, querem poder dizer que estiveram em Portimão, que estiveram na Festa. Querem viver esta experiência marcante, desde a viagem de comboio que parece nunca mais acabar (principalmente para quem vem da zona Norte do país), até às noites mal dormidas no hotel partilhado com outras selecções, passando pelos jogos disputados na fantástica Arena de Portimão. A Festa do Basquetebol é uma referência e um grande objectivo para muitos dos praticantes.

Em geral, é na minha opinião um dos momentos altos da época desportiva e uma das melhores iniciativas da FPB. Aliás, este será, porventura, um dos grandes momentos do desporto jovem nacional e a sua continuidade ao longo dos próximos anos deverá ser algo a que os responsáveis da FPB terão que aspirar, pois a Festa do Basquetebol é uma daquelas iniciativas marcantes e que podem ajudar a melhorar o nível do nosso basquetebol. Além de se tratar de um importante momento de desenvolvimento pessoal e social para todos os participantes – no fundo, essa é uma das virtudes e um dos grandes objectivos do desporto.

Este ano, a presença da SportTv bem como as reportagens diárias que saíram no jornal Record deram maior visibilidade à Festa do Basquetebol e esse parece ser o caminho a seguir no sentido de divulgar este grande evento – de edição para edição, a visibilidade da Festa terá de aumentar, garantindo assim a sua sustentabilidade, bem como um crescente interesse pela modalidade. A transmissão em directo da final de Sub16 Masculinos foi um importante marco na estratégia de promoção da Festa do Basquetebol Juvenil. Se na próxima edição se conseguisse continuar a ganhar espaço nos meios de comunicação social, nomeadamente na televisão, seria uma grande mais valia tanto para este evento como para a nossa modalidade.

Importante também a inauguração do Playground em plena Praia da Rocha – continuo a defender que o desenvolvimento do basquetebol nacional também passa pela criação de playgrounds, e restantes infra-estruturas que permitam à população praticar basquetebol na rua. Esta é uma das melhores formas de promoção da nossa modalidade, e a presença de alguns jogadores e jogadoras de Algés, Benfica e Barreirense ajudaram à festa na tarde de sábado na Praia da Rocha.

Destaque muito positivo ainda para a vertente social da Festa do Basquetebol. Os 5 dias que os cerca de 870 atletas passam desde que saem de casa são muito mais do que 5 dias de competição. São 5 dias de convívio, de responsabilidade individual e colectiva na qual os jovens atletas lidam com o respeito que lhes é exigido pelos responsáveis das Associações. Além do comportamento dos atletas, enorme destaque para o acto de solidariedade com a instituição Centro de Acolhimento Temporário para Menores em Risco – CATRAIA. Na cerimónia de abertura, Mário Saldanha entregou ao responsável pela instituição um cheque no valor de 1.286 Euros – valor equivalente ao número de participantes na Festa, já que todos contribuíram com 1 Euro.

No entanto, também há espaço para melhorar – os transportes foram um dos ‘problemas’ nesta Festa, fosse por responsabilidade das equipas que trocavam o horário e o número de autocarro que lhes estavam destinados, fosse pela confusão de horários, ou por qualquer outro motivo. Aliado a isso esteve o episódio durante o Clinic de Treinadores. Aquele que deveria ser um importante momento de aprendizagem para todos nós treinadores, acabou por ser interrompido, não tendo Moncho Lopez finalizado a sua intervenção. Reconhecendo a importância que lhe é atribuída, esta actividade deveria ter sido melhor planeada e organizada, de forma a que pudesse ser perfeitamente conciliada com a competição e restantes actividades paralelas. Poderá ainda ser dada maior atenção às actividades paralelas, aproveitando as oportunidades criadas pelos recursos naturais e infra-estruturas existentes em Portimão, sendo os atletas e a cidade de Portimão os principais beneficiados da criação dessas actividades.

É reconhecido que a Festa do Basquetebol Juvenil já é uma referência no Desporto Nacional, e é extremamente importante que se continue a realizar este grande evento, e enquanto se puder contar com a colaboração de Portimão para a organização do mesmo, ainda melhor, pois a cidade algarvia tem as infra-estruturas de apoio necessárias para um evento desta dimensão – não só para receber as comitivas, mas também para albergar os pais e acompanhantes que se queiram deslocar para acompanhar a competição e a Festa. Na cerimónia de encerramento, Mário Saldanha deu a boa notícia de que em 2010 a Festa do Basquetebol Juvenil voltará a ter lugar em Portimão. Por isso, até para o ano!


A duas curvas da recta da meta, Proliga

Abril 13, 2009

 

J

V

D

% Vitórias

PM-PS

Illiabum

30

19

11

63,3

+91

Sampaense

30

16

14

53,3

+42

Esgueira

30

14

16

46,7

– 16

Galitos FC

30

14

16

46,7

+6

Queluz

30

14

16

46,7

– 19

Sangalhos

30

12

18

40,0

– 150

Eléctrico

30

9

21

30,0

– 211

Angra

30

8

22

26,7

– 312

Seixal

30

8

22

26,7

– 397

10º

Maia

30

8

22

26,7

– 264

11º

Barcelos

30

8

22

26,7

– 140

12º

Atlético

30

2

28

6,9

– 724

As emoções vão ser até ao fim para alguns clubes da Proliga. A luta pelos dois últimos lugares no playoff é inacreditavelmente a mesma que a luta pela não descida. Neste momento, o Eléctrico tem claramente vantagem – mais uma vitória que os seus concorrentes e ainda visitará o Atlético. Entre Maia, Seixal, Barcelos e Angra será o salve-se quem puder, com um Angra-Maia e um Barcelos-Maia pelo meio. A disputa do terceiro posto também promete ser escaldante, com um Galitos-Esgueira na última jornada e o Queluz a correr por fora. A ver vamos…

Sábado 18 Abril,

Queluz-Seixal ; Barcelos-Galitos ; Atlético-Eléctrico ; Angra-Maia ; Esgueira-Illiabum

Domingo 19 Abril

Sampaense-Sangalhos

Sábado 25 Abril,

Galitos-Esgueira; Eléctrico-Queluz ; Angra-Sangalhos ; Seixal-Sampaense ; Barcelos-Maia ; Illiabum-Atlético


A duas curvas da recta da meta , LPB

Abril 13, 2009

J

V

D

% Vitórias

PM-PS

Benfica

28

28

0

100

+587

CAB Madeira

28

24

4

85,7

+456

Ovarense

28

23

5

82,1

+397

Vagos

28

20

8

71,4

+286

Académica

28

19

9

67,9

+94

Vt.Guimarães

28

17

11

60,7

+106

FC Porto

28

16

12

57,1

+220

Barreirense

28

16

12

57,1

+126

Ginásio

28

15

13

53,6

– 49

10º

Física

28

10

18

35,7

– 129

Muitas decisões deixadas para o final. Barreirense , FCPorto, Ginásio e Vt Guimarães lutam pelos lugares de playoff , Vagos e Académica pela vantagem caseira e  Ovarense e CAB Madeira pelo segundo lugar. Só o Benfica tem tudo garantido, ainda que jogar em Ovar e  contra o velho rival FCPorto obrigue a manter a corda toda….

Sábado 18 Abril,

Académica-Barreirense ; Física-Ginásio ; FCPorto-VtGuimarães ; Ovarense-Benfica

Domingo 19 Abril,

Vagos-CAB Madeira

Sábado 25 Abril,

VtGuimarães-Física ; CAB Madeira-Ovarense; Benfica-FCPorto ; Barreirense-Ginásio ; Vagos-Académica


Cruzando jornadas, o saldo final

Abril 13, 2009

No final das jornadas cruzadas de LPB e Proliga, impõe-se a reflexão sobre este modelo. Antes, porém, olhemos a frieza dos números. As conclusões, naturalmente, não se poderão resumir a eles.

– Dos 120 jogos, 23 terminaram com diferenças pontuais iguais ou superiores a 30 pts (19,2%), Atlético perdeu 6(!) e Seixal 4 (!)

– Dos 120 jogos, 38 terminaram com diferenças pontuais iguais ou superiores a 20 pts (31,7%)

– Dos 120 jogos, em 12 a vitória sorriu a clubes da Proliga (10%). A Física de Torres Vedras perdeu 5 partidas enquanto o Ginásio perdeu 3 (e que falta fazem nas contas para o playoff). Illiabum, Sampaense, Sangalhos e Eléctrico, com duas vitórias, foram as equipas da Proliga que mais beneficiaram com as cruzadas.

– A diferença pontual mais vezes registada foi 11pts (7 jogos), 15pts (7 jogos) e 16pts (7 jogos)

jornadas cruzadas

Blake Griffin – o Galardoado

Abril 11, 2009

Blake Griffin recebeu esta Sexta-Feira o John R. Wooden Award – prémio atribuído ao jogador mais valioso do basquetebol universitário nos EUA, aquele que recebe mais votos de entre uma lista de jogadores nomeados para o prémio. Os finalistas deste ano eram Blake Griffin, Tyler Hansbrough (vencedor deste prémio em 2008) e DeJuan Blair, mas o prémio acabou por ser atribuído ao extremo de Oklahoma – Griffin foi o primeiro jogador dos Sooners a ter a honra de receber este prémio. Nomeados para a All American Team foram: DeJuan Blair (Pittsburgh), Stephen Curry (Davidson), Blake Griffin (Oklahoma), Tyler Hansbrough (North Carolina), Luke Haragondy (Notre Dame), James Harden (Arizona State), Gerald Henderson (Duke), Ty Lawson (North Carolina), Hasheem Thabeet (Connecticut), Terrence Williams (Louisville) e Sam Young (Pittsburgh).

Além do John R. Wooden Award, Griffin também foi distinguido com o Naismith Trophy – College Player Of The Year, numa votação em que a escolha dos adeptos tem especial importância uma vez que contribui em 25% para a decisão final. Os outros finalistas deste prémio foram DeJuan Blair, Hasheem Thabeet e Tyler Hansbrough (também vencedor da edição anterior).

Na cerimónia de entrega do Naismith Tropy, as palavras de Jeff Cappel, treinador de Oklahoma, foram elucidativas da forma de estar de Blake Griffin, e qual a fórmula para alcançar tamanho sucesso – “Blake has dedicated himself to the game of basketball like no other player I’ve coached and the results speak for themselves.  More impressive than his basketball ability, though, is his life approach and how he carries himself off the court.  Blake is a much better person than he is a basketball player.”

Além destes prémios, Blake Griffin ainda recebeu a distinção de Jogador do Ano para a revista The Sporting News, bem como o prémio de Jogador do Ano para a The Associated Press. Pelo meio, ainda teve tempo para se declarar como candidato ao Draft da NBA de 2009 – B. Griffin tem sido apontado como a escolha unânime para #1 deste Draft.

A nível individual, Blake Griffin não poderia pedir mais, e estas semanas serviram para galardoar aquele que foi o jogador em maior destaque nesta temporada da NCAA – em 31 jogos disputados, Blake Griffin obteve 30 duplo-duplos, e por 15 vezes acabou os jogos com, pelo menos, 20 pontos marcados e 15 ressaltos conquistados. Agora, a NBA espera-o!


Em busca da glória perdida

Abril 10, 2009

As duas últimas temporadas dos históricos Kentucky Wildcats não correram de acordo com as expectativas – os resultados não apareceram, as exibições não enchaim o olho, e os fiéis adeptos que sempre enchem os 23000 lugares da Rupp Arena foram perdendo o ânimo à medida que a temporada ia avançando. Os responsáveis pelo programa desportivo de Kentucky sentiam a necessidade de encontrar novas soluções e dar um diferente rumo ao seu projecto – foi com alguma naturalidade que uma das primeiras medidas tomadas foi terminar o contrato do treinador Billy Gillespie.

Encontrar um novo treinador que voltasse a conduzir os Wildcats até ao sucesso passou a ser a principal tarefa dos responsáveis de Kentucky. E desde que Billy Gillespie foi demitido, um nome começou a ser particularmente referido nos meios de comunicação norte-americanos: John Calipari, então treinador de Memphis, e o mesmo que há dois anos atrás esteve para ser escolhido como treinador de Kentucky, mas que na altura foi preterido por Billy Gillespie. No período de tempo que esteve em Memphis, Calipari chegou à Final em 2008, e este ano foi eliminado na fase dos Sweet16. No período em que esteve em Kentucky, Gillespie foi eliminado na primeira ronda da Grande Dança na época de 2008, e na presente temporada nem sequer apurou para o Torneio da NCAA, disputando o NIT em Nova Iorque. Passados dois anos, o director Barnhart reconheceu que foi um erro ter ido por Gillespie em vez de Calipari.

E o treinador Calipari parece ter tudo para ser bem sucedido em Kentucky – a atenção que os media dão à equipa é mais do que muita, os jogos dos Wildcats têm das maiores audiências entre todas as equipas da NCAA, os adeptos seguem a equipa com uma paixão e fidelidade impressionante e tudo isto encaixa no perfil de John Calipari que parece dar-se bem com o mediatismo, com o frenesim e exigência dos adeptos, que gosta de desafios e da exigência de jogar para ganhar. E em Kentucky, quando se fala em jogar para ganhar, é ganhar o grande troféu, é poder estar no início de Abril a receber os anéis e juntar mais uma faixa no tecto da Rupp Arena. Mas Calipari sabe disso. Calipari gosta disso.

Mas para John Calipari e os Kentucky Wildcats terem sucesso logo na primeira temporada, o novo treinador certamente gostará de contar com Jodie Meeks e Patrick Patterson as duas principais referências da equipa na temporada que agora terminou. Estes dois jogadores estão a considerar uma possível mudança para a NBA, mas Calipari só terá a ganhar se conseguir convencer o seu novo duo-dinâmico a ficarem na Universidade a defender por mais um ano as cores de Kentucky no Campeonato Universitário. Jodie Meeks é um marcador de pontos nato, um atirador temível que acabou o campeonato com a média 23.7 pontos por jogo – 90.2% de lance-livre e 40.6% de 3 pontos – enquanto que Patrick Patterson terminou a temporada com 17.9 pontos e 9.3 ressaltos por jogo.

 

Jodie Meeks poderá ser um dos jogadores mais beneficiados com a chegada de John Calipari a Kentucky – em ataque, Calipari gosta de dar liberdade aos seus jogadores e o ataque AASAA poderia criar ainda mais espaço para Meeks lançar. Seria também uma boa maneira do extremo lançador de Kentucky melhorar as suas entradas em drible para o cesto, o que certamente iria aumentar a sua valorização junto dos olheiros da NBA.

A juntar aos jogadores já existentes no plantel, John Calipari vai ver a sua equipa reforçada com uma interessante fornada de ‘caloiros’ que poderão ser o garante do projecto basquetebolístico de Kentucky nas próximas temporadas. Na era de Gillespie, os Wildcats garantiram o recruta Daniel Orton – um poderoso jogador interior. Mas John Calipari não chegou sozinho a Lexington, já que com ele parecem vir alguns dos jogadores que o próprio tinha recrutado para a sua anterior equipa, os Memphis Tigers – o primeiro jogador a mudar o seu destino de Memphis para Kentucky foi DeMarcus Cousins (é considerado o melhor PF nesta geração de jogadores que farão a sua estreia na NCAA). E espera-se que também Xavier Henry (é visto como o melhor SG de entre os próximos caloiros da NCAA) siga as pisadas de D. Cousins e opte por jogar com John Calipari, o treinador que o recrutou. Há ainda John Wall, para muitos o melhor atleta desta geração, e o melhor base deste lote de jogadores. John Wall ainda não tomou a decisão final relativamente ao seu futuro, mas esta troca de ideias de DeMarcus Cousins e, provavelmente, de Xavier Henry poderá levar John Wall a juntar-se aos Kentucky Wildcats – se conseguir juntar estes três jogadores na mesma equipa Calipari terá um dos melhores grupos de jogadores das próximas temporadas.


One Shining Moment

Abril 9, 2009